terça-feira, 16 de outubro de 2012

Aviação: estudo avalia certificação para biocombustível



Estudo avalia certificações técnicas para biocombustíveis destinados à aviação e especialistas dizem que falta para o segmento um certificado de sustentabilidade, que leve em consideração aspectos como o bom uso da terra, a conservação da biodiversidade e o cumprimento das legislações trabalhista e ambiental.

Já existem biocombustíveis produzidos a partir de diferentes biomassas que podem substituir o querosene usado na aviação. Muitos já têm certificação técnica e são usados em voos de demonstração e até mesmo comerciais. Mas nenhum é comercializado em grande escala e, por isso, ainda dispensa a certificação de sustentabilidade.

Realizado pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), o estudo comparou as principais certificações globais para biocombustíveis existentes atualmente com o objetivo de identificar gargalos para sua implementação no Brasil, país referência mundial em biocombustíveis e com uma série de iniciativas para a produção de combustíveis "verdes" para aviação.

Financiado pela Boeing, Embraer e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o estudo analisou as certificações Bonsucro, Roundtable on Sustainable Biofuels (RBS) e International Sustainability & Carbon Certification (ISCC), de acordo com reportagem da Agência Fapesp.

"Como os biocombustíveis de aviação ainda representam um mercado muito novo, não há uma certificação de sustentabilidade com foco específico para eles. Mas as certificações atuais para biocombustíveis, em geral, provavelmente também serviriam para certificar biocombustíveis de aviação porque eles não terão grandes diferenças na produção", diz uma das autoras do estudo, Paula Moura.

De acordo com a pesquisadora, o estudo teve como foco uma tecnologia desenvolvida pela empresa norte-americana Amyris para produzir bioquerosene de aviação a partir da cana - uma das diversas opções de biomassa utilizadas para esta finalidade.

A tecnologia desenvolvida pela Amyris tem potencial de desenvolvimento em escala. Para isso, deverá requerer uma certificação de sustentabilidade. Os pesquisadores fizeram uma comparação entre os padrões adotados pelas certificações Bonsucro, RBS e ISCC de modo a avaliar os desafios com os quais a tecnologia deparará no futuro para adotá-las.

Uma das principais constatações do estudo do Icone é que os padrões de sustentabilidade das três certificações são bastante similares e se baseiam no cumprimento da legislação ambiental vigente no País e no exterior. A principal diferença entre eles está na exigência de alguns critérios adicionais, que poderão interferir na expansão e adesão pelos produtores.

Os critérios adicionais estão relacionados à Diretiva de Energia Renovável, anunciada pela União Europeia em 2010, que estabeleceu um conjunto de regras sobre como deve ser implementada a certificação de sustentabilidade da produção de biocombustíveis em geral.

De acordo com os europeus, os biocombustíveis não podem ser provenientes de áreas de floresta, de reserva ambiental, de pântanos, que possibilitem diminuir significativamente as emissões de gases de efeito estufa em comparação com os combustíveis fósseis.

Para possibilitar que os produtores brasileiros possam atender também a essas exigências externas, o Bonsucro - única certificação para biocombustíveis derivados de cana implementada no Brasil - incluiu algumas das exigências da União Europeia.

Mas, por pressão dos produtores, a certificação optou por não tratar ou abordar de forma genérica questões que ainda estão sendo discutidas e para as quais ainda não há uma metodologia bem definida para apurar o cumprimento. Entre elas estão a limitação de expansão da produção em áreas de alto valor de conservação, mudanças indiretas no uso da terra e segurança alimentar.

Como a RBS e a ISCC já adotaram alguns desses critérios, a Bonsucro seria mais fácil de ser implementada no Brasil no curto prazo, segundo o estudo. "Hoje, a maior parte dos certificados pela Bonsucro são os grandes produtores de cana, que já têm uma série de outras certificações de gestão e qualidade, mas que ainda não têm 100% da produção certificada", diz Paula.

Um dos principais desafios para expansão dessa certificação é obter a adesão de pequenos e médios produtores, que têm maior dificuldade em cumprir alguns pontos da legislação trabalhista e ambiental brasileira. A International Air Transport Association (Iata), entidade privada internacional de representação do setor de aviação, indicou a RSB como a certificação de sustentabilidade de biocombustíveis que irá adotar para os biocombustíveis que poderão ser utilizados na aviação.

A Organização Internacional de Aviação Civil (Ical), principal órgão público da aviação, ainda não definiu qual modelo de certificação de sustentabilidade de produção de biocombustíveis para aviação deverá reconhecer. Para Paula, independentemente da decisão dos órgãos internacionais de aviação, isso não inviabilizará a existência das três certificações existentes hoje. "Pode ser que os órgãos de aviação reconheçam mais de uma certificação. E a partir do momento que reconhecerem, isso exigirá um esforço das certificadoras em realizar adaptações, que dependerão muito mais deles do que da indústria de aviação", avalia a pesquisadora.

Fonte: Terra

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tecnologias sociais contribuem para a criação de produtos ecológicos


Segundo a Wikipedia, um produto, método, processo ou técnica pode ser classificado como “tecnologia social” quando atender aos requisitos: simplicidade, baixo custo, fácil (re)aplicabilidade e impacto social comprovado.

É quando uma pessoa inventa uma forma simples de solucionar um problema social, facilitando a vida de muita gente, especialmente a população mais carente em termos financeiros.


Os requisitos ‘baixo custo’ e ‘fácil (re)plicabilidade’ têm tudo a ver com o primeiro: ‘simplicidade’! Muita gente acredita que ser genial tem tudo a ver com simplicidade. As idéias brilhantes são sempre simples em sua essência. E isso geralmente se consegue quando você pensa fora da “caixa”: Einstein já dizia que não se pode resolver um problema com a mesma mentalidade que o criou. A gente tem que procurar sair do paradigma (ou mapa mental) dominante para ter idéias realmente inovadoras. Mas isso não é fácil, e é por isso que é comum uma pessoa que não é da área solucionar um problema de forma mais genial que o profissional do ramo.


Soluções simples são a grande sacada para resolvermos muitos problemas ecológicos e sociais. Um grande exemplo, que acabamos de encontrar e achamos o máximo, é essa máquina de lavar roupas movida a pedal! Super barata e fácil de fazer. A tecnologia social não deve ser patenteada, para atender a todos e todos poderem construir com o que tiverem em casa. Agora imagine quantas pessoas que não tem dinheiro para comprar máquinas e tanquinhos podem ser beneficiadas construindo ou conseguindo em ONGs esse produto!




Fonte: Coletivo Verde

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Carros terão de consumir 12% menos gasolina


Os consumidores poderão ter economia de R$ 1.150 com gasolina, em média, por ano, caso as metas de eficiência energética sejam alcançadas por montadoras. As metas estão previstas no Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), regulamentado hoje (4) pelo governo.

Para que esta redução de gastos com gasolina seja possível, os veículos vendidos a partir de 2017 terão que consumir 12% a menos do que ocorre atualmente. Para adotar este objetivo, as montadoras vão receber incentivo com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“Apesar de prevista para daqui a cinco anos, esta meta será exigida das fabricantes como condição de habilitação ao novo regime automotivo”, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

De acordo com o ministério, “as montadoras que desejarem integrar o novo regime automotivo e se credenciar para obter o benefício tributário terão assumir o compromisso de produzir e comercializar veículos mais econômicos”.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o objetivo é que o consumo médio de gasolina aumente dos atuais 14 quilômetros por litro para 17,26 quilômetros por litro. No caso do etanol, o consumo médio atual é 9,71 quilômetros por litro e deve chegar a 11,96 quilômetros por litro.

A economia de consumo de combustível para o consumidor equivale a três quartos do IPVA pago por um carro médio no país. “Há ganho efetivo para o consumidor”, enfatizou o ministro.

O novo regime automotivo prevê o investimento das montadoras em tecnologias mais modernas de produção, com motores mais eficientes, menos poluentes e com peças mais leves. O governo quer também estimular a fabricação de veículos mais seguros, equipados com controle de estabilidade para evitar capotamentos e com sistemas de prevenção de acidentes por meio de alerta de colisão iminente.

O Inovar-Auto também prevê incentivo para as empresas que não produzem, mas vendem os veículos no país. Para serem beneficiadas, estas montadoras terão que assumir o compromisso de importar veículos mais econômicos. A exigência de que realizem pesquisa e desenvolvimento, gastar com engenharia e tecnologia industrial básica de capacitação de fornecedores no Brasil.

Serão obrigadas a aderir ao Programa de Etiquetagem Veicular do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A etiqueta classifica os veículos de acordo com a eficiência energética na comparação com modelos do mesmo segmento. Até 2017, todos os veículos produzidos no país deverão receber a etiqueta.

Fonte: Exame

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Artista italiano pinta grafite que absorve a poluição do ar


Diante de uma paisagem urbana carente de verde, o artista de rua italiano Andreco arriscou um substituto. E o seu grafite representando uma árvore vai além de evocar a natureza ausente: o vegetal pintado também "purifica" o ar.

Trata-se da "Philosofical Tree”, uma árvore de 18 metros que diminui a poluição da atmosfera. Para isso foi usada um tipo especial de tinta em sua criação, chamado fotocatalítico, que absorve o monóxido de nitrogênio do ar ambiente (a mistura de neblina e fumaça que conhecemos como poluição). 

De acordo com o artista, cada metro quadrado pintado é equivalente a retirar oito carros das ruas. A obra está na lateral de um edifício em Bolonha, na Itália, e foi criada como parte do Frontier Project, que tem como objetivo descobrir novas formas de arte de rua.

Ainda que o projeto tenha forte simbologia, é importante não esquecer das medidas concretas para combater a poluição da natureza, alertou o artista em seu blog. "Este é apenas um trabalho de arte conceitual, não uma solução. Para uma melhor qualidade do ar precisamos usar menos carros, abandonar os combustíveis fósseis e investir em energia renovável, agora".


Fonte: Exame

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Plataforma Ambiental lista principais desafios das cidades


As eleições municipais já estão na boca dos brasileiros e, para orientar os eleitores a respeito dos principais pontos da agenda socioambiental das cidades que precisam ser discutidos, respondidos e solucionados pelos próximos dirigentes municipais, a SOS Mata Atlântica está lançando a Plataforma Ambiental.

O documento reúne propostas, divididas em cinco temas - desenvolvimento sustentável, clima, educação, saúde e saneamento básico - que podem ser incorporadas pelas mais de 3 mil cidades do país que possuem o bioma Mata Atlântica em seus territórios.

Entre as ideias propostas pela Plataforma Ambiental estão: implantar a Política Municipal de Meio Ambiente e o Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente; elaborar o Plano Diretor, respeitando os zoneamentos ambientais e elaborar o Plano Municipal da Mata Atlântica, que tem a meta de criar novas unidades de conservação, formar corredores ecológicos e identificar áreas de preservação permanente.

A ideia é que os cidadãos acessem o documento e cobrem os futuros dirigentes municipais a respeito das questões nele levantadas. Além disso, a SOS Mata Atlântica sugere que os eleitores entreguem a Plataforma Ambiental aos seus candidatos, seja pessoalmente, por e-mail ou, ainda, pelo correio.


Acesse a Plataforma Ambiental na íntegra.

Fonte: Exame

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Startup quer facilitar negócios do setor de resíduos sólidos por meio de plataforma online


Dar uma destinação adequada para o lixo da nossa casa não é tarefa das mais simples. Quando o assunto é a gestão dos resíduos de uma empresa a coisa fica ainda mais complexa e cara.

Pensando nisso, a B2Blue.com foi criada para ser uma ferramenta útil na gestão de resíduos sólidos. O projeto é um site que facilita o contato entre as empresas que querem destinar seus resíduos e os diversos compradores ou destinos que esses materiais podem ter.


As empresas devem se cadastrar na plataforma e inserir o tipo de negócio que gostaria de fazer, especificando o material que precisa destinar ou que gostaria de comprar. Também é possível exigir uma documentação específica do seu fornecedor, aumentando ainda mais a confiabilidade do negócio.


A partir disso, os usuários podem anunciar seus resíduos e apresentá-los a interessados que queiram adquiri-los como matéria prima na sua linha de produção, reciclá-los ou sugerir ideias inovadoras/alternativas para os seus resíduos.

A B2Blue.com está disponível para todos os usuários desde julho de 2012 em uma versão beta, através do link http://b2blue.com.br. Acreditamos que as funções da ferramenta trarão benefícios para diversos setores da sociedade envolvidos, além de ser um projeto de market place inovador e pioneiro no Brasil.

Fonte: Coletivo Verde

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O que Barack Obama e Mitt Romney pensam sobre mudanças climáticas



O tema das mudanças climáticas entrou definitivamente na campanha presidencial dos Estados Unidos como um dos assuntos que diferenciam os candidatos Barack Obama e Mitt Romney.

Nesta semana, a Convenção do Partido Republicano oficializou a candidatura de Mitt Romney e lançou sua plataforma política. A plataforma tem um capítulo inteiro sobre recursos naturais, mas quem espera ver políticas sobre uso sustentável desses recursos vai se decepcionar. O programa Republicano praticamente não menciona mudanças climáticas, e está mais precupado em atacar a EPA, a agência de proteção ambiental dos Estados Unidos – que tem um papel similar ao do Ibama aqui no Brasil.

Segundo os Republicanos, as políticas de regulamentação da EPA causam prejuízo e destroem empregos. “Nós pedimos ao Congresso uma ação rápida para proibir a EPA de avançar com novas regulamentações de gases de efeito estufa, que vão prejudicar a economia do país e ameaçam milhões de empregos ao longo do próximo século”.

Em resposta às propostas dos Republicanos, Obama passou a colocar as mudanças climáticas na pauta. Nos últimos discursos de campanha que fez, ele condenou céticos do clima, como em Iowa, no dia 28 de agosto: “Negar as mudanças climáticas não irá mudar o fato que as mudanças climáticas existem”.

Apesar de adotar uma postura favorável ao combate ao aquecimento global, o histórico de Obama não indica otimismo. O presidente prometeu aprovar uma lei climática na sua primeira campanha presidencial, mas depois de eleito optou por colocar todas as fichas na reforma da saúde, deixando o projeto para o Congresso – onde nunca avançou para se tornar lei. Além disso, seu governo enfrenta forte pressão de ambientalistas pela proposta de extrair petróleo no Ártico, e muitos acusam seu discurso ambientalista de eleitoreiro – em três anos de governo, por exemplo, a única vez que Obama visitou a EPA foi durante campanha.

Enquanto os americanos não resolvem suas divergências internas, os outros países do mundo esperam uma participação ativa dos EUA nas negociações internacionais do clima. Sem a participação dos Estados Unidos, não há chance de aprovar um acordo contra as mudanças climáticas nas reuniões da ONU.

Fonte: Época