A nona edição do Censo da Reciclagem de PET no Brasil, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), indica que em 2012 a reciclagem desse tipo de material aumentou 12,6% em relação ao ano anterior.
Com o resultado, o país atingiu um índice de reciclagem de 59%, mantendo-se entre os líderes mundiais do setor. Segundo o balanço divulgado nesta quarta (26), no ano passado, foram recicladas ao todo 331 mil toneladas de PET.
O setor têxtil continua sendo o principal consumidor do PET reciclado, com 38,2% de participação, seguido das resinas insaturadas e alquídicas (usadas na fundição e areia), com 23,9%. Outras embalagens (de alimentos e não-alimentos) consomem 18,3% do volume reciclado.
Potencial ocioso
A coletiva seletiva ainda é desafio para o setor. Em muitos períodos do ano as empresas recicladoras apresentam ociosidade que chega a 30% de sua produção, porque não encontram embalagem pós-consumo para reciclar.
De acordo com o estudo, a solução seria estimular as prefeituras a implantar, o mais rápido possível, a coleta seletiva e a separação das embalagens recicláveis, de forma a aumentar a recuperação do material descartado pela sociedade.
“Isso, na verdade, é o que prega a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que exige responsabilidade compartilhada entre a sociedade civil, o setor privado e também do poder público. A indústria do PET investiu fortemente em reciclagem e hoje esses recicladores passam por um momento difícil, por não terem coleta suficiente para abastecer suas fábricas”, destacou o presidente da entidade, Auri Marçon.
Fonte: Exame Sustentabilidade
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