domingo, 21 de abril de 2013

Os edifícios verdes estão virando a regra nas empresas


Quando for entregue, em abril, o edifício de escritórios Alvino Slaviero, erguido pela incorporadora Brasilincorp na avenida Faria Lima, na capital paulista, terá no seu estacionamento vagas para bicicletas e para veículos elétricos, que poderão ter sua bateria recarregada no próprio local.


No topo do prédio, localizado no novo centro financeiro da cidade, uma cobertura de plantas nativas da mata Atlântica terá duas funções. A primeira será reduzir a temperatura interna dos escritórios, o que permitirá diminuir a potência do ar-condicionado. Esse aspecto, associado ao melhor aproveitamento da iluminação natural e ao uso de lâmpadas de alto desempenho, vai proporcionar economia de energia de 14%.

A outra função do telhado verde é captar a água da chuva, que será tratada e utilizada para fins não potáveis na própria edificação. A água proveniente da condensação dos equipamentos de ar-condicionado, e também dos lavatórios, passará pelo mesmo processo. Com isso, o consumo de água no prédio sofrerá uma redução de 84% em comparação às construções tradicionais do mesmo porte. 

Há dez anos, um prédio como o Alvino Slaviero seria exceção no país. Hoje, não mais. Metade dos imóveis corporativos que serão entregues até o final do ano na capital paulista, no Rio de Janeiro e em Curitiba será de edifícios erguidos seguindo padrões de sustentabilidade.

Na área de certificações verdes, o Brasil agora é destaque. O país só perde para os Estados Unidos, a China e os Emirados Árabes Unidos em número de edifícios detentores do Leed, o selo americano de construção sustentável mais conhecido no mundo, hoje presente em 143 países.

Com 82 empreendimentos certificados e 620 em processo de obtenção do selo, o Brasil deverá chegar ao terceiro lugar até o final do ano. O número de edificações que possuem o Aqua, um selo sustentável de origem francesa, também vem registrando um alto crescimento. Até o fim de 2013, cerca de 200 prédios terão esse carimbo de qualidade. 

Vários fatores explicam o boom dos edifícios verdes no país. O mais relevante é o fato de que construir edificações com menor impacto ambiental ficou mais barato.

O primeiro empreendimento a receber o selo Leed no país, em 2007, foi uma agência do Banco Real, hoje Santander, em Cotia, na Grande São Paulo. Ela tinha painéis fotovoltaicos para geração de energia, coleta de água da chuva e outras tecnologias quase inéditas no país.

Tudo isso, porém, custou 30% mais que uma agência convencional. Quase seis anos depois, a Brasilincorp, dona do Alvino Slaviero, teve um custo adicional de apenas 7%.

“O que está por trás dessa queda nos custos é o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores — de pequenos negócios a multinacionais — que passou a oferecer novas tecnologias a preços acessíveis”, diz Marcos Casado, diretor do Green Building Council Brasil, entidade responsável por disseminar práticas sustentáveis de construção. 

A paulista Nanotech desenvolveu em 2010 um revestimento com base em nanotecnologia que, aplicado no topo dos edifícios, reflete mais de 90% da luz solar. O resultado: redução de até 30% na temperatura interna e economia na conta de energia.

Seu principal produto é o piso elevado, um item hoje presente na maior parte dos prédios corporativos. O produto da Remaster, porém, é feito de plástico reciclado, e não de aço e concreto, como os pisos elevados tradicionais.

Sua durabilidade é semelhante e ele ainda oferece uma vantagem em relação ao concorrente: pode ser desmontado e montado novamente numa eventual alteração de layout. A multinacional alemã Basf também vê com entusiasmo o mercado de construção sustentável.

A empresa foi uma das primeiras a lançar, em 2007, uma linha de tintas solúveis em água com baixo teor de compostos orgânicos voláteis, nocivos à saúde humana. Hoje, a venda desse segmento já responde por 85% da tinta comercializada pela companhia. Suas concorrentes também lançaram produtos semelhantes e, com a competição, os preços caíram cerca de 30% nos últimos cinco anos.

Em maio, a Basf vai dar outra prova de confiança na onda da construção verde ao inaugurar a CasaE, um showroom em São Paulo onde vai exibir novos produtos. Uma das atrações serão suas paredes de blocos de poliestireno expandido — ou isopor —, que funcionam como isolantes térmicos e podem gerar economia de energia de até 70%.

“Estamos tropicalizando os produtos. Materiais que na Europa aquecem os ambientes aqui irão esfriá-los”, diz Antonio Lacerda, vice-presidente de tintas, químicos e infraestrutura da Basf.

A crescente atenção dada por governos municipais também deve ajudar a impulsionar a indústria da construção sustentável. As prefeituras do Rio de Janeiro e das cidades paulistas de Guarulhos, Sorocaba e São Carlos já aprovaram incentivos fiscais, como abatimentos no IPTU, para imóveis construídos com técnicas sustentáveis. À medida que a chamada “conscientização verde” se espalhar, a expectativa é que outros municípios sigam o mesmo caminho.

“O Rio tem potencial para dar muita visibilidade para esse tipo de política. A exemplo do que já acontece nos países ricos, ela deve se popularizar nos próximos anos”, afirma João Marcello Gomes Pinto, diretor da consultoria Sustentech, especializada em empreendimentos verdes e presente no Rio de Janeiro e em São Paulo.

No Brasil, vários segmentos da indústria mudaram seu processo nos últimos anos para reaproveitar materiais recicláveis e usar menos energia e água. Agora chegou a vez do setor de construção civil.

Fonte: Exame

domingo, 14 de abril de 2013

Entendendo e aplicando o consumo consciente



A cada dia o consumismo vem crescendo e, como consequência, aumentando a degradação gradual do meio ambiente. São inúmeros os impactos causados à natureza por novas tecnologias e produtos como roupas, calçados, eletrônicos, cosméticos e demais itens adquiridos de forma excessiva e desnecessária.

Para que essa situação seja revertida, ou ao menos estabilizada, são necessárias ações que visem a implantação de um desenvolvimento sustentável, partindo de hábitos de consumo mais conscientes. Com atitudes simples na hora da compra e da utilização de alguns produtos e recursos naturais, é possível trazer mais sustentabilidade para dentro da sua própria casa.

O consumo consciente não significa ter que se privar de uma vida mais confortável, mas reduzir, reciclar e reaproveitar tudo o que for possível a fim de contribuir para a preservação do meio ambiente e com o equilíbrio do planeta.

Todo tipo de consumo provoca impactos ambientais e sociais. Isso significa que, antes de qualquer compra, descarte de lixo e demais atividades relativas à utilização dos recursos naturais, o consumidor deve estar ciente de sua responsabilidade junto à natureza.

Poupar água, por exemplo, é um excelente exemplo de consumo consciente. Afinal, embora este líquido seja abundante na Terra, já existe uma carência de água potável no planeta, devido ao desperdício e utilização desmedida. Uma ótima forma de economizar água é fechar a torneira na hora de escovar os dentes. Afinal, apenas alguns minutos de escovação com a torneira aberta são suficientes para gastar aproximadamente 120 litros de água, quantia que permite suprir as necessidades diárias de uma criança.

Outra maneira de praticar o consumo consciente está ligada ao correto descarte de pilhas e baterias, pois são produtos altamente poluentes, que podem contaminar a água e o solo. Em todas as cidades do país há postos de coletas para esses materiais.

Fonte: Atitudes Sustentáveis 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

20 dicas para ser mais ecológico



1 - Faça de conta que as sacolas plásticas não existem: use bolsas e sacolas de algodão para carregar compras.

2 - Consuma produtos locais: o transporte de produtos que vêm de longe consome petróleo e aumenta o efeito estufa.

3 - Diminua a temperatura de geladeiras, do ar condicionado e de estufas no inverno.

4 - Use melhor os eletrodomésticos: desligue o computador e a televisão quando não são utilizados. O modo stand-by consome energia e, portanto, polui.

5 - Pegue sol. Como? Com painéis solares – para aquecer água ou produzir energia elétrica.

6 - Troque (se puder) de carro; prefira os movidos a gás ou etanol. E, principalmente, use-os o menos possível.

7 - Fique com os pés no chão: os aviões provocam 10% do efeito estufa mundial.

8 - Coma frutas e verduras (se orgânicas, melhor): carne de ovinos e carne de bovinos são responsáveis por 18% das emissões mundiais de gás carbônico, além de favorecer o desmatamento devido à sua exploração intensiva.

9 - Use fraldas ecocompatíveis: a biodegradação das fraldas tradicionais leva 500 anos.

10 - Para conservar os alimentos, use vidro e não alumínio ou plástico: esses poluem e, para a sua produção, o desperdício energético é enorme.

11 - Informe-se com inteligência: existem centenas de sítios, revistas e canais de TV que falam sobre meio ambiente e a sustentabilidade.

12 - Não use papel: utilize a tecnologia digital para enviar e receber documentos e para se informar. Assim, você salva árvores e não polui com o transporte.

13 - Escove os dentes, mas com inteligência: se deixar a torneira aberta, você joga fora 30 litros de água. Abra a torneira só quando for preciso.

14 - Use lâmpadas econômicas: consomem cinco vezes menos e duram 10 vezes mais.

15 - Coma de forma sadia, preferindo os alimentos orgânicos: é um método de cultivo que respeita o meio ambiente.

16 - Coma com consciência: os hambúrgueres são bons, mas, para serem produzidos, requerem uma grande pegada ecológica. Pense nisso.

17 - Um banho é bom se dura pouco: em três minutos, você consome 40 litros d'água. Em 10 minutos, mais de 130 litros em média.

18 - Pense sempre que todo objeto que você usa irá se tornar lixo: faça com que ele dure o máximo possível.

19 - Usar e jogar fora? Não, obrigado. Por exemplo, use pilhas recarregáveis: podem ser recarregadas até 500 vezes.

20 - Faça a coleta seletiva: é a contribuição mais inteligente e mais importante que você pode dar ao meio ambiente.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

É hora de “esverdear” a cadeia de fornecedores



Enquanto 57% das empresas conhecem sua pegada de carbono e possuem metas definidas para redução de emissões de gases efeito estufa, apenas 13% de seus fornecedores fazem o mesmo. É o que aponta uma pesquisa feito pelo programa CDP Supply Chain Brasil, que analisou como as cadeias de valor estão trabalhando para mitigar os impactos de suas ações no clima.

Ao serem cultivadas em escala de complexidade cada vez maiores, as cadeias de fornecimento representam desafios para a gestão e também oportunidades significativas para as empresas. Uma oportunidade que está passando em branco.

Para se ter uma ideia, os 13% dos fornecedores brasileiros que reportaram investir na redução de emissões sinalizam economias monetárias de US$ 14 milhões.

Apesar do baixo engajamento da cadeia de valor nos esforços de mitigação das mudanças climáticas, 38% dos fornecedores de grandes empresas do país acreditam que os impactos de mudanças climáticas nos negócios já podem ser sentidos ou começarão a ser percebidos nos próximos cinco anos – fato associado diretamente a aumento no custo de operação e a redução da capacidade de produção.

Além disso, 63% dos fornecedores que responderam à pesquisa identificam um risco relacionado às mudanças climáticas, com potencial de afetar de forma expressiva suas receitas ou negócios.

O CDP Supply Chain Brasil faz parte de um programa global que permite que grandes empresas compradoras questionem e engajem suas cadeias de fornecimento a implementar estratégias para mitigar as mudanças climáticas.

Da porção global do programa, baseado em dados de 2415 empresas, incluindo 2363 fornecedores e 52 grandes empresas compradoras com poder de compra combinado de aproximadamente US$ 1 trilhão, foram extraídas as respostas dos 202 fornecedores brasileiros abordados por sete grandes compradores que são membros do programa no país: AES Eletropaulo, Banco Bradesco, Braskem, Fibria, Marfrig, Suzano Papel e Celulose e Vale.

Fonte: Exame