Imagine se o principal símbolo de Paris se transformasse em uma “árvore gigante” para servir como exemplo mundial de monumento sustentável. Se você nunca pensou nisso, outros pensaram, desenharam e ainda calcularam quanto custaria para fazer isso acontecer. A imagem acima é parte de um ambicioso projeto da empresa francesa de engenharia ambiental Ginger Group para converter a Torre Eiffel em um modelo vanguardista do ecoturismo.
A ideia prevê a instalação de uma “manta” verde de 600 mil mudas de plantas ao longo da estrutura, que tem 327 metros de altura. O custo para implementação do jardim suspenso, que teria ainda um sistema inédito de irrigação, gira em torno de 72 milhões de euros, valor que seria arcado pela iniciativa privada. De caráter confidencial, o projeto de cobertura vegetal foi revelado pelo jornal Le Figaro na semana passada.
Com a cobertura verde, a Torre Eiffel ajudaria a retirar CO2 da atmosfera, já que emitiria 84,2 mil toneladas de CO2 e absorveria 87,8 mil toneladas, gerando um saldo positivo de carbono. Uma vez instaladas as plantas, a evolução e o desempenho ecológico da cobertura receberia acompanhamento constante e avaliação de cientistas e pesquisadores.
Até agora, a prefeitura de Paris não deu luz verde para execução da empreitada, que já tem recebido críticas de franceses e turistas. Para os indignados, a Torre Eiffel é uma obra-prima da engenharia que não pode ser encoberta. Em entrevista ao site britânico Huffington Post, um turista que visitava a cidade afirmou: "Viemos para ver o ferro forjado - se quiséssemos ver um jardim suspenso iríamos para outro lugar”. Qualquer que seja a decisão da câmara de Paris, os sete milhões de visitantes anuais da Torre Eiffel poderão ficar tranquilos quanto à permanência do famoso brilho do monumento. As plantas receberiam vários pontos de iluminação com lâmpadas LED.
Fonte: Exame
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