quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sustentabilidade nas escolas


No mundo que sonhamos, todas as escolas institucionalizam a sustentabilidade em teorias e práticas, seus prédios são projetados e construídos com materiais reciclados/recicláveis, há condições para a economia de energia, reutilização de águas servidas e de chuva, descarte correto de resíduos; existe envolvimento das comunidades escolares, e do seu entorno, em atividades preservacionistas.

No mundo em que vivemos isso nem sempre acontece, a educação ambiental tem sido incipiente, os orçamentos públicos mal contemplam a construção das novas unidades escolares indispensáveis, e a manutenção, às vezes precária, das existentes.

Em muitas escolas, sustentabilidade é palavra lembrada em algumas efemérides, citada em umas poucas aulas, e deixada de lado no restante do tempo.

Em outras, felizmente, sabe-se que o caminho entre o sonho e a realização passa necessariamente pela vontade e pela ação; e constata-se, com esperança, aquilo que o ideal de muitos pais, professores, diretores e orientadores pedagógicos têm realizado com os poucos recursos disponíveis. No ensino fundamental, procura-se a atenção e o comprometimento das crianças, são criadas hortas comunitárias, oficinas de marcenaria para recuperação de mobiliário, sistemas de compostagem do lixo orgânico, reciclagem de materiais escolares, até mesmo pequenas reformas com vistas à recuperação de ambientes degradados, sempre com a participação de alunos, pais e professores voluntários, que cedem parte de seu tempo de descanso. Não são grandes obras, não são grandes intervenções, são imensos exemplos.

Sustentabilidade se funda em parte na materialidade, mas importa muito, também, a crença de que é vital para todos, e será cada vez mais. As escolas de ensino fundamental e médio comprometidas com sustentabilidade focam o coração dos alunos no processo de formação de consciência ambiental.

Já as instituições de ensino superior miram a mente, estudantes universitários estão em faixa etária e intelectual em que a consciência já está formada, e são naturalmente mais sensíveis à racionalidade. As boas práticas sustentáveis concentram-se em atividades de extensão, em normalização de procedimentos, em orientação de monografias, em conteúdos curriculares.

Reflexão ecológica, interrupção da destruição do ecossistema, diminuição dos hábitos de consumo desenfreado devem ser parte importante do ideário das instituições de ensino, e algo já indissociável do sentido pleno da educação.

Uma questão que deve ser considerada é que sustentabilidade não dá lucro financeiro imediato e custa caro. E, ainda que muitas instituições cumpram seu papel de modo responsável, há um grande número de intenções piedosas manifestadas em documentos oficiais que não passam de bons propósitos e discursos vazios de quaisquer iniciativas deles decorrentes. No entanto, para além de interesses pecuniários ou investimentos de curto prazo, estará o bem estar e mesmo sobrevivência das próximas gerações. Devemos a elas, no mínimo, um planeta em condições de equilíbrio ambiental.

Fonte: Gazeta do Povo

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Mundo pode perder um Brasil em área por degradação até 2050


Uma área de 849 milhões de hectares de terras – quase o tamanho do Brasil – pode ser perdida no mundo, até 2050, se as tendências atuais de uso insustentável do solo continuarem. É o que alerta um relatório do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Pnuma), divulgado durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

A necessidade de produzir alimentos para uma população global em crescimento levou a agricultura a ocupar 30% das terras do mundo.

Mas a um custo insustentável. Atualmente, a degradação e perda de biodiversidade já atingem 23% dos solos globais.

Entre 1961 e 2007, as terras cultiváveis foram expandidas em 11%, índice que continua a crescer. No atual ritmo, as terras cultiváveis deverão ocupar de 120 a 500 milhões de hectares dentro de quatro décadas.

O relatório sublinha a necessidade e as opções para equilibrar o consumo com uma produção de menor impacto no meio ambiente.

"Reconhecendo que a terra é um recurso finito, precisamos nos tornar mais eficientes na forma como produzimos, fornecemos e consumimos nossos produtos. Devemos ser capazes de definir e respeitar os limites dentro dos quais o mundo pode operar com segurança", afirma o Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do Pnuma, Achim Steiner.

Mudança de rota

O Pnuma afirma que pelo menos 319 milhões de hectares podem ser preservados até 2050, se algumas medidas foram seguidas.

Na lista entram o investimentos na recuperação de solos degradados, melhoria nas técnicas de manejo e planejamento do uso da terra para minimizar a expansão, redução da perda e do desperdício de alimentos e redução os subsídios voltados a plantações para produção de combustíveis.

O relatório "Assessing Global Land Use: Balancing Consumption with Sustainable Supply" foi produzido pelo International Resource Panel (IRP) com a participação de 27 cientistas, 33 representantes de governos e outros grupos.

Fonte: Exame Sustentabilidade

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Como produzir energia solar em casa


Em dezembro de 2012, entrou em vigor no Brasil resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que garante que quem produz energia renovável em casa pode ter desconto na conta de luz. Mas como gerar esse tipo de eletricidade limpa nas residências? 

O Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas para a América Latina (Ideal) lançou a cartilha Como faço para ter eletricidade solar na minha casa?, que reúne as informações básicas para aqueles que querem produzir sua própria energia, a partir do sol. 

Dividida em capítulos, a publicação - desenvolvida com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável - traz dados como: 

- A capacidade dos micro e minigeradores solares fotovoltaicos ideais para residências; 
- Os locais onde estas estruturas podem ser instaladas; 
- As vantagens da produção doméstica de energia solar; 
- Os cuidados necessários para manter o bom funcionamento dos geradores;
- O passo a passo para conectar os sistemas de geração de energia solar na rede elétrica, com a ajuda de um profissional especializado;
- Os impactos na conta de luz. 

Junto com a cartilha, o Ideal lançou o Simulador Solar, ferramenta online que permite que o internauta calcule qual deve ser a potência do sistema fotovoltaico da sua casa, para que atenda à sua necessidade energética anual. O usuário ainda pode simular quanto economizaria na conta de luz e a área que os geradores solares fotovoltaicos ocupariam na sua residência. 

Confira a versão online da cartilha Como faço para ter eletricidade solar na minha casa?.

Fonte: Planeta Sustentável

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sistema de resfriamento da Arena Pantanal, em Cuiabá, permite economia de 10% de energia


O sistema de resfriamento da Arena Pantanal, em Cuiabá, está em fase final de instalação. O sistema inclui equipamentos como bombas, torres de resfriamento, chiller e climatizadores, estão em fase final de instalação nos setores norte, sul, leste e oeste do estádio. Com o resfriamento da água que circulará por todo o local, haverá economia de energia elétrica de 10,8 % ao ano, se comparado aos aparelhos de ar condicionado comuns, utilizados em residências. Ao todo serão 160 aparelhos.

Com a utilização de água potável, o sistema principal funcionará com uma central de água gelada onde os chillers serão responsáveis por gerar água gelada que irá circular por toda a Arena Pantanal, alimentando os climatizadores. Tais equipamentos possuem internamente uma serpentina, por onde deve circular a água gelada, e um ventilador que aspira o ar ambiente e sopra sobre esta serpentina gelada, devolvendo o ar gelado ao ambiente, climatizando-o.

Cada equipamento do sistema possui um controle automático e o referido sistema também é integrado ao sistema de automação, que proporciona redução do consumo de energia elétrica das bombas de água, ventiladores e chillers em dias de períodos frescos.



Qualidade do ar

O acompanhamento da qualidade do ar é monitorado pelo setor de meio ambiente da Arena Pantanal e envolve o sistema de refrigeração, já que os aparelhos de ar condicionado bem como o sistema de distribuição de ar devem que ser protegidos contra poeira e contaminantes no ar ambiente.

Periodicamente também são realizados testes de qualidade do ar por profissionais especializados. Entre os procedimentos estão os cuidados com os veículos e equipamentos movidos a diesel que são supervisionados através do método Escala Ringelmann, em razão da emissão de fumaça preta.

Avanço das obras

A instalação da membrana de revestimento da fachada metálica da Arena Pantanal também avança e já pode ser vista em três dos quatros setores do estádio: norte, sul e oeste. Este serviço de acabamento é a última etapa da fachada lateral e ao todo serão 25.300 m² do material. Dividida em três partes, a fachada é composta no topo por policarbonato e membrana, na área intermediária pela membrana, e na parte inferior, próxima ao solo, a tela expandida.

De cor verde, a membrana é perfurada e atende ao projeto que prevê ventilação entre a área externa e a interna do estádio, principalmente em dias ensolarados, reduzindo as ilhas de calor. O material é anti-chamas, composto 50% por PVC e 50% por fibra têxtil. O policarbonato também possui esta característica de amenizar o clima em dias mais quentes, já que conta com a tecnologia refletiva que reduz a temperatura do interior da obra.

Diferente do policarbonato maciço, que será instalado na área frontal das coberturas das arquibancadas, o revestimento da fachada é mais espesso e possui cavidades. Ambos irão proporcionar proteção aos torcedores, principalmente em dias de chuva. O policarbonato alveolar é uma chapa lisa, com tratamento ultravioleta que é mais resistente que o vidro e possui garantia de 10 anos.


Fonte: copa2014.gov.br

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Seu celular e PC podem gerar riqueza depois de jogados fora


O consumo de eletroeletrônicos nunca foi tão grande. Só de aparelhos para comunicação, o comércio mundial ultrapassa um trilhão de dólares. Consequentemente, nunca tanto lixo eletroeletrônico foi gerado: ele cresce a uma velocidade de três a cinco vezes maior que o lixo urbano. Segundo dados da ONU, são 40 milhões de toneladas por ano. 

Parte se deve ao constante avanço da tecnologia, que faz com que a vida útil dos eletrônicos seja cada vez menor. Anualmente, 1,5 bilhão de celulares são substituídos.

“Celulares, aparelhos de som e computadores são exemplos típicos que contam com lançamentos constantes de novas versões. Com isso, há o desejo de substituir os equipamentos antigos pelos mais recentes, gerando mais aparelhos obsoletos", afirma Júlio Carlos Afonso, professor do departamento de Química Analítica do Instituto de Química da UFRJ. 

Esse fácil acesso às tecnologias modernas tem um efeito colateral complicado para o meio ambiente, principalmente em países emergentes, como o Brasil, onde não há ainda um sistema de gestão eficiente para lidar com esse tipo de material.

Com isso, muitas vezes, os aparelhos acabam ocupando um espaço no fundo do armário ou, pior, são descartados no lixo comum.

“O problema desse resíduo ser descartado no lixo comum é a presença de metais pesados. Há mercúrio, chumbo, cádmio e outros metais que, se destinados aos lixões, aterros ou rios podem causar uma séria contaminação às águas, solo e ar”, explica Alessandro Dinelli, fundador e presidente CDI Amazônia.

E isso não é tudo: descartar o lixo eletroeletrônico no ambiente é desperdiçar a oportunidade de recuperar partes recicláveis e metais de alto valor como ouro, prata e cobre.

“O lixo eletroeletrônico disposto em aterros municipais ainda não é abordado em profundidade nas leis ambientais sobre o tema. Contudo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê os fins dos lixões e aterros controlados, e colocou o lixo eletroeletrônico no rol da logística reversa obrigatória, o que implica, ao menos em teoria, que esse tipo de destinação não deverá mais acontecer”, diz Afonso.

Afinal, o que fazer com o e-lixo?

A melhor forma de descartar esse resíduo é começando com a conscientização de que ele não é um lixo comum e, portanto, não pode ser misturado aos demais resíduos domésticos.

“O ideal é que todos os consumidores, na hora da aquisição de determinado produto, se responsabilizem no destino correto daquele material. Dessa forma, quando o material tornar-se obsoleto ou impróprio para uso, já terá destino certo”, aconselha Dinelli.

Hoje já é possível procurar por pontos de coleta adequados, centros de reciclagem, fabricantes de produto, cooperativas, associações de catadores de matérias recicláveis e empresas especializadas na gestão de resíduos tecnológicos.

Segundo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, aliás, a reciclagem é apenas uma parte do processo, existindo espaço também para a reutilização do e-lixo.

“Na realidade esse lixo conta com recursos preciosos, que podem virar matéria prima e oportunidades, destruindo menos o meio ambiente, que não conseguirá acompanhar o acelerado ritmo de crescimento e modernidade”, diz Dinelli.

Por isso, equipamentos de informática que ainda funcionam podem ser doados a ONGs que recuperam os equipamentos para uso nos chamados projetos de inclusão digital. Esse é o caso, também, de geladeiras, micro-ondas, TVs, DVDs e outros eletrodomésticos que são reaproveitados por cooperativas de reciclagem.

Pilhas e baterias têm a seu favor a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que afirma que fabricantes ou importadores desses produtos são responsáveis pela coleta dos materiais. O usuário pode devolver o produto à loja onde o comprou ou à assistência técnica autorizada.

Fonte: Exame

domingo, 5 de janeiro de 2014

7 megatendências em construção sustentável para 2014


Ele já foi chamado de "O Poderoso Chefão Verde" pela revista de tecnologia americana Wired. Claro que não estamos falando de Al Pacino. O “Godfather” em questão é Jerry Yudelson, um dos principais consultores do mundo em construção sustentável, autor de mais de 13 livros sobre o tema.

O especialista divulgou as principais tendências para o mercado em 2014. Para ele, “edifício verde é o tsunami do futuro que irá inundar todo o setor imobiliário”. Confira sete delas.

1. Mercado em alta

No topo da lista de Yudelson está a previsão de que o mercado de construção sustentável vai continuar seu forte crescimento em 2014, com a edificação de novos imóveis comerciais em conjunto com o governo, universidades e instituições sem fins lucrativos. "Edifício verde é o tsunami do futuro que irá inundar todo o setor imobiliário", diz.

No Brasil, o mercado da construção sustentável tem passado ileso pelo desempenho errático da economia nos últimos anos. De acordo com um estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young), em 2012, os prédios verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país. O valor dos imóveis que reivindicam a certificação alcançou 8,3% do total do PIB de edificações naquele ano, que foi de R$ 163 bilhões.

2. Eficiência energética é palavra de ordem

A segunda megatendência na lista do especialista é o crescente foco em eficiência energética em todos os tipos de edifícios, comerciais e residenciais, incluindo o papel crescente da automação predial utilizando sistemas baseados em nuvem.

Tamanho e dimensão das janelas e os tipos de vidro escolhidos, iluminação, que avalia, por exemplo, a intensidade de luz natural no prédio e o desligamento automático do sistema estão entre soluções que ajudam a evitar o desperdício de energia.

3. Prédios de Energia Zero

Outra megatendência são os Edifícios de Energia Zero (zero energy buildings ou ZEBs, na sigla em inglês), que produzem mais energia do que consomem ao longo de um ano. Longe de um exercício de futurologia, os ZEBs já estão sendo incorporados na estratégia energética de diversos países no mundo, como Alemanha e Noruega e também nos Estados Unidos.

Os métodos de produção podem ser os mais diversos. Nos Estados Unidos, o mais comum é o fotovoltaico, que usa a energia do sol para gerar energia. Tudo depende das características de cada região.

4. Retrofit ecológico em prédios antigos

O foco da indústria de construção verde continuará a mudar dos novos projetos para a adaptação de edifícios existentes aos padrões sustentáveis. Esta tendência, chamada de retrofit verde, cresce desde 2010 e é um caminho mais rápido para que edifícios antigos e clássicos atinjam um padrão sustentável em comparação à construção de um novo projeto.

Nos Estados Unidos, o mercado da construção sustentável saiu dos míseros U$ 10 bilhões em 2005 para atingir U$ 236 bilhões atualmente. O exemplo de maior destaque é o Empire State Building. 

5. Novas certificações na disputa

A principal certificação de construção sustentável, o LEED (sigla em inglês de “Leadership in Energy and Environmental Design”) vai atrair competidores como nunca. Yudelson prevê que o custo e a complexidade da certificação abrirá o mercado para outros concorrentes.

Nos EUA, por exemplo, um dos recém-chegados é o sistema de classificação Green Globes, que conta com ajuda de ações recentes do governo Obama para ficar em pé de igualdade com o LEED nos projetos federais. No Brasil, um dos selos mais procurados, além do Leed, é o selo Aqua.

6. Energia solar, um bom negócio

O uso de energia solar em edifícios vai continuar a crescer, segundo Yudelson. As oportunidades de financiamento para projetos dessa natureza ajudarão a fornecer capital para instalação de sistemas de cobertura de edifícios comerciais, estacionamentos, armazéns e lojas de varejo, além de residências. Atualmente, gerar energia solar em casa, no Brasil, por exemplo, já permite que não se tenha que pagar nada na conta de luz no fim do mês e até ficar com crédito com a distribuidora de energia. (Leia também: Por que gerar energia solar em casa pode ser um bom negócio)

7. Abaixo o desperdício de água

A consciência de que a água é um recurso escasso vai aumentar globalmente, alimentada pelo risco de uma crise de abastecimento de água potável. Para Yudelson, os edifícios verdes pode ser um aliado no combate ao problema, por meio da incorporações de sistemas que otimizam o uso de água. Exemplos que vão da instalação de descargas que usam menos água nos banheiros à incorporação de telhados verdes, que coletam água da chuva para reuso no prédio.

Fonte: Exame Sustentabilidade

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Aproveitando a água da chuva


O reaproveitamento da água da chuva, além de ajudar você a economizar em dinheiro e em água potável, contribui para diminuir a escassez hídrica  que afeta algumas regiões. Nestes locais, o abastecimento de água é feito através de caminhões-pipas.  A arquiteta Maria Regina Felipe dá algumas dicas preciosas como reaproveitar a água da chuva em casas ou prédios.

Como posso reaproveitar a água da chuva? 

O armazenamento pode ocorrer em cisternas ou em tanques subterrâneos. A arquiteta explica que a água que cai sobre a cobertura das residências pode ser bem utilizada, mas que para isso a casa precisa de calhas para encaminhar a chuva. “A calha direciona a água até tubos de queda ligados diretamente a uma cisterna ou encanadas até elas, porém, antes de chegar a essas cisternas, há necessidade de filtros para que, o material que possa vir junto com a água, como folhas de árvores, sujeiras e sementes não entrem na cisterna junto com a água”, alerta.

Os edifícios também podem ter locais para se reaproveitar a água da chuva, mas Maria Regina faz uma observação importante: “em prédios, temos que projetar um reservatório inferior para aprovação junto às prefeituras e, deveria também, por lei, ser projetada uma cisterna para aproveitamento da água da chuva. Em residências, o local da cisterna pode ser embaixo de uma varanda, de uma garagem ou ate mesmo na cobertura, quando o espaço permite”, diz.

Conforme a norma ABNT 15527:2007, a água de chuva só deve ser usada em ambientes urbanos para fins não-potáveis, ou seja, não deve ser usada para beber, tomar banho, fazer lavagem e cozimento de alimentos.

Onde posso usar esta água?

- Em vasos sanitários; 
- Quando você for regar o jardim e a horta; 
- Na lavagem de carros e de pátios; 
- Em condomínios onde há espaço para lazer; 
- Para lavar vidros e coisas dentro de casa; 
- Para lavar roupas;

Como funciona?

A arquiteta explica que na cisterna, além do filtro antes da entrada,  precisa ter  dentro dela um motor, que vai impulsionar água até um reservatório superior. E ela finaliza: “Isso deve ser feito quando a cisterna estiver no térreo, ou até uma torneira de jardim, por exemplo. E no reservatório superior há a necessidade de uma bóia elétrica o que vai avisar a cisterna de que o seu nível esta baixo, acionando assim a bomba d'água, para que ela envie água até lá.  Esse reservatório superior pode ser muito útil se você for usar a água para vasos sanitários, mas se for só para lavagem e regar o jardim, a bomba é acionada somente quando você ligar a torneira e o disjuntor que ativa a bomba.  Em casos de estiagem, o sistema tem que prever a entrada de água neste reservatório, para que o sistema funcione sem problemas”, diz.

Alguns benefícios do uso da água da chuva:

- Aproveitar um recurso disponível, que não tem custo nenhum e que economiza na conta da água; 
- Contribui para reduzir as enchentes; 
- É uma forma de educação ambiental para as crianças.

Fonte: Hagah